God Eater 3 - Revisão

God Eater 3 - Revisão

Revisão para God Eater 3. Jogo para PC, PlayStation 4 e Nintendo Switch, o videogame foi lançado em 13/12/2018 A versão para PC saiu em 08/02/2019 A versão para Nintendo Switch saiu em 12/07/2019

Quando, anos atrás, no agora venerável PSP, abordamos o primeiro God Eater, ficamos agradavelmente surpresos. Reinterpretar Monster Hunter com uma pegada mais ação e uma inspiração artística diferente é uma ideia simples que provou ser vencedora. Hoje jogando God Eater 3 no PlayStation 4, não compartilhamos essa mesma euforia. O primeiro título foi uma boa surpresa, mas mostrou falhas evidentes de muitos pontos de vista, falhas que deveriam ter desaparecido gradualmente, capítulo após capítulo; infelizmente a Bandai Namco parece ter descansado um pouco sobre os louros do sucesso satisfatório da série, dado que os passos à frente são praticamente inexistentes.



God Eater 3 - Revisão

O início de God Eater 3 já é uma primeira demonstração do que caracteriza o título negativamente: a falta de cuidado ao lidar com as próprias forças. Começamos a aventura em uma prisão, criando nosso personagem e testemunhando a transformação deste em um Devorador de Deus através dos tremendos tratamentos de transformação. A atmosfera está bem feita e há potencial para algo interessante nos estágios iniciais, mas já estamos começando a perceber como a Bandai Namco não quis exagerar. O clima bem construído nos primeiros minutos é logo quebrado pela seção de criação de personagem. O editor é muito limitado, mais do que o de Sword Art Online: Fatal Bullet mesmo, com o qual compartilha o motor gráfico. Isso torna os modelos dos personagens do jogo, muitos dos quais baseados no criador acima mencionado, bastante triviais e facilmente emulados pelo jogador que poderia se encontrar jogando com um personagem idêntico a um NPC. As opções de personalização aumentam conforme a aventura avança, mas ainda é bastante limitada.



Mesmo encobrindo esse elemento “secundário”, God Eater 3 logo se trai também do ponto de vista da escrita e da atmosfera, retirando do cenário qualquer semblante de originalidade e nos colocando em uma aventura banal e óbvia. Então aqui está um dos principais pontos a favor do God Eater em ao Monster Hunter que falta, visto que os diálogos e vídeos serão por uns bons 90% simples obstáculos entre uma missão e outra; neste momento, a circunstância agravante de ter um ritmo narrativo ruim também é sublinhada, forçando o jogador a se voltar para o hub principal para falar com os NPCs antes de cada missão, mesmo para comunicar informações inúteis. Isso obviamente é um obstáculo ao ritmo frenético que esse título deve ter.

Além da má gestão, até a própria narração, como já mencionamos, é esquecível, com personagens e implicações bastante triviais e alguns lampejos de boas obras presentes nos raros vídeos de animação excepcionalmente do estúdio Ufotable (responsável pela animação da abertura de Tales of, God Eater e o anime retirado dos referidos jogos).

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Outro tipo de defeito pode ser encontrado no setor artístico. O que falta aqui não é um simples cuidado com o trabalho, mas um elemento mais pesado: O motor God Eater 3 é usado da mesma forma como visto em muitos outros títulos da Bandai Namco... e o impacto gráfico e estético não o torna mais como antes: God Eater 3 só pode parecer um jogo “antigo”, com muitas texturas de baixa definição nos cenários e sem interatividade com os ambientes que podem ser visitados.


Il equipe geral não ajuda particularmente, uma vez que propõe algumas dicas de originalidade e uma paleta de cores bastante limitada que pode se cansar facilmente. Isso se reflete em cada elemento, monstros, npc, ambientes.


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Felizmente, há vislumbres de positividade ao analisar a jogabilidade. O núcleo de ação que o tornou novo, em comparação com a competição, permaneceu intacto, dando ao God Eater 3 o potencial de ser divertido por muitas e muitas horas. O sistema de atualização de armas não é tão amplo e complexo como no Monster Hunter World, mas não é necessariamente uma coisa ruim, pelo contrário, God Eater 3 se destaca como uma alternativa mais simples e amigável para o gigante da Capcom. Isso também pode ser encontrado na duração das próprias batalhas, nunca mais do que trinta minutos e frequentemente solucionável em 15-20, permanecendo em uma dificuldade excelente. Infelizmente também há aqui detalhes negativos para relatar: o falta de notícias reais e um setor online funcionando bem, mas muito retrógrado penalizar ainda mais o título.


Nota positiva para a trilha sonora: não é memorável, mas oferece um ótimo acompanhamento. Boa ideia de vincular certas canções a corridas de monstros específicas, de modo a manter um clima constante nas batalhas entre os vários Aragami da mesma espécie.

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God Eater 3 está do lado seguro, seguro demais para o nosso gosto. Embora seja impossível atribuir uma insuficiência, dado o bom núcleo da jogabilidade, o jogo representa uma recusa exemplar em desenvolver uma franquia com imenso potencial. Os fãs da série ainda encontrarão horas e horas de diversão em God Eater 3, mas o jogo não oferece nada que o recomende para quem não está familiarizado com a marca, além de ser muito mais leve e acessível que Monster Hunter. Ao mesmo tempo, porém, a comparação com este último é inevitável e fatal para God Eater 3, que permanece retrógrado e incapaz de atuar como rival do gigante da Capcom como conseguiu ser anos e anos atrás no PSP.


► God Eater 3 é um jogo do tipo RPG de ação desenvolvido e publicado pela Bandai Namco para PC, PlayStation 4 e Nintendo Switch, o videogame foi lançado em 13/12/2018 A versão para PC saiu em 08/02/2019 A versão para Nintendo Switch saiu em 12/07/2019

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