Revisão para O último remanescente remasterizado. Jogo para Nintendo Switch e PlayStation 4, o videogame foi lançado em 06/12/2018
Dez anos atrás, The Last Remnant estreou no Xbox 360, um JRPG específico da Square Enix focado na luta. No ano seguinte o jogo também chegou ao PC com várias melhorias, inclusive técnicas, enquanto a versão anunciada para PlayStation 3 foi cancelada, aparentemente devido a algumas dificuldades encontradas durante o desenvolvimento. Agora, graças ao The Last Remnant Remastered, finalmente até o usuário “sonara” pode colocar as mãos no jogo Square Enix.
A versão remasterizada inclui todo o conteúdo da versão para PC, ou seja, o DLC lançado para Xbox 360 (que em todo o caso eram quase todos gratuitos), o “New Game +” e o modo “Turbo” para aumentar a velocidade dos confrontos, uma característica que é muito apreciada. Além disso, eles registram melhorias gráficas significativas - especialmente em comparação com a versão do console da Microsoft, que é realmente problemática a este respeito - em virtude da atualização do Unreal Engine 3 para o Unreal Engine 4 e o trabalho feito em texturas e efeitos.
O salto de qualidade é apreciável, mas claramente não estamos no nível de um jogo de PlayStation 4. Mesmo que fiquemos em silêncio sobre a profundidade de campo que não é muito satisfatória e as animações que nem sempre são fluidas, existem (e inevitavelmente persistem) escolhas estruturais ditadas precisamente pelas limitações técnicas que a Square Enix enfrentou naqueles anos: muitos de vocês vai relembrar as ferozes polêmicas desencadeadas pela excessiva linearidade de Final Fantasy XIII e as declarações da software house sobre a dificuldade / impossibilidade de desenvolver um título de mundo aberto - ou mesmo apenas um jogo cheio de cidades - em alta definição. O Último Remanescente, de fato, poderia ter (e deve, acrescentamos, nota do Editor) ser como Final Fantasy XII, embora tenha se mostrado muito limitado em um nível exploratório: não só não há um mapa mundial viável, mas até mesmo as cidades são compostas por áreas individuais não interligadas, uma solução a meio caminho entre o clássico JRPG e o dungeon crawler, em que a “exploração” ocorre apenas através do menu. E com uploads não exatamente rápidos, dada a natureza digital do produto, distribuído apenas na PlayStation Store.
The Last Remnant Remastered, assim como o original há dez anos, encontra suas principais atrações no direção de arte e no sistema de batalha. O primeiro aproveita a figura de Yusuke Naora, ex-diretor de arte, entre outros, de Final Fantasy VII, VIII, X e (posteriormente) XV. A escolha de criar um mundo em que três outras raças humanóides coexistam com a raça humana, o que nos lembrou de outro Final Fantasy, especialmente o décimo segundo, lembrado por The Last Remnant também por algumas escolhas arquitetônicas. O design do personagem em si é cuidado, mesmo que não convença totalmente o protagonista Rush Sykes e alguns detalhes, que dez anos depois podem parecer bastante démodé.
Infelizmente este não é o único perfil com o qual o bom Rush nos decepciona, que também consegue se tornar um dos heróis mais chatos e inúteis dos JRPGs modernos. No geral tudo o setor narrativo e a caracterização dos personagens acabam não sendo adequados, especialmente no contexto de uma produção da Square Enix com um perfil médio-alto: muitos buracos na trama, muitas coisas "jogadas fora" (e não falamos apenas e muito sobre lore) ... em resumo, don ' Aborde The Last Remnant Remastered com a ideia de ser enfeitiçado pela trama ou ficará com um gosto ruim na boca.
Agora como então, a principal atração de The Last Remnant é o sistema de batalha, que se baseia no controle não de unidades individuais, mas de peças de mão, chamados de sindicatos. No início de cada rodada, o jogador escolhe comandos "genéricos" a serem dados às várias uniões (usar ataques mágicos, curar, carregar o inimigo), que de fato constituem as unidades reais do jogo, tanto que possuem sua própria barra de HP e AP (que se regeneram no final de cada batalha). Quando vários sindicatos se chocam, os desafios tornam-se muito interessantes, também graças à componente posicional, visto que são possíveis ataques laterais (que causam maiores danos) e interceptações, que aumentam o leque de soluções táticas, tanto para o jogador como para os inimigos.
Uma pena que os elementos de jogabilidade são explicados muito rapidamente e mal esboçados, deixando o jogador sozinho, essencialmente. Isso é verdade em não apenas ao combate, mas também a todas as outras mecânicas, como elaboração e atualização de armas. Mesmo nos casos em que as coisas são explicadas (ainda que brevemente), a ausência de um banco de dados interno do jogo, do bestiário e de qualquer forma de diário de viagem (exceto para a lista de missões, que nem inclui as guildas de tarefas). Uma escolha da velha escola, que pode lembrá-lo de algumas séries SaGa, nas quais muitos dos desenvolvedores envolvidos no projeto trabalharam.
The Last Remnant Remastered é uma boa oportunidade para recuperar um JRPG bastante particular e é também a melhor versão existente do jogo, em virtude da atualização técnica, o que é uma melhoria não só em à versão original para Xbox 360, mas também comparado com aquele - superior - para PC, do qual toma emprestado todos (não muitos, para dizer a verdade) conteúdos adicionais.
► The Last Remnant Remastered é um jogo do tipo JRPG desenvolvido e publicado pela Square Enix para Nintendo Switch e PlayStation 4, o videogame foi lançado em 06/12/2018