Samurai Riot - Revisão

Samurai Riot - Revisão

Revisão para Samurai Riot. Game for Steam, o videogame foi lançado em 13/08/2017

A década de 90 do século passado, também graças ao aumento do poder de computação trazido pelas plataformas de 16 bits, viu o surgimento de um gênero conhecido como beat'em up, ou mais simplesmente beat 'em up de rolagem. Caracterizado por uma trama reduzida ao mínimo, muitas vezes pouco mais do que o clássico resgate da donzela do momento, este gênero de videogame teve a seu lado um grande conjunto de títulos excelentes como as várias sagas de Golden Axe, Street Of Rage, Final Fight, os intemporais Knights Of The Round, Cadillacs And Dinosaurs e muitos mais.



Sempre agradáveis ​​e muito bem envelhecidos graças à alta jogabilidade e à possibilidade de colaborar com outro jogador, que nos anos 90 ainda era uma agradável novidade, os beat'em ups ainda são retomados pelos desenvolvedores com excelentes resultados, como Dungeons And. Dragons: Chronicles Of Mystara de 2013, em si um remake dos excelentes Tower Of Doom (1993) e Shadow Over Mystara (1996).

Hoje, os desenvolvedores de Wako Factory com esta Samurai Riot, lançado em 13 de setembro no Steam, um título definitivamente inspirado na mecânica e na atmosfera do glorioso jogo de luta da era de ouro dos 16 bits.

Do Japão com fúria

Samurai Riot ocorre no Japão feudal clássico, em uma terra caótica pelo confronto entre os bravos rebeldes de um lado e o samurai leal ao daymio, o mestre feudal, do outro. Movidos por diferentes motivações, os protagonistas de nossa aventura, o samurai Tsurumaru e o ninja Sukane, terão que fazer escolhas que os levarão a se juntar à revolta rebelde ou permanecer fiéis ao governante, enquanto tentam sobreviver a hordas de oponentes que incluem todos as amostras do Japão feudal e mitológico, incluindo lutadores de sumô, ninja, samurai, rebeldes e criaturas lendárias.



A jogabilidade de Samurai Riot, como dissemos, é definitivamente inspirada na mecânica típica do jogo de luta de rolagem da velha escola, mas também adiciona algum conteúdo para atender às necessidades dos jogadores modernos.

No início de nossa aventura, somos solicitados a escolher entre quatro níveis de dificuldade e apenas dois personagens: o samurai Tsurumaru, conselheiro de guerra do Grande Mestre, forte e habilidoso no uso da katana, e o ninja Sukane, agente secreto que, em vez prefere confiar na velocidade e em um kusarigama, uma cadeia letal com uma pequena foice na ponta.

Enquanto o primeiro, graças ao seu tamanho, é capaz de aparar os golpes dos oponentes e possui algumas granadas explosivas, o último prefere se esquivar e pode contar com a raposa Azu, capaz de bloquear os inimigos por alguns segundos.

Desde o início teremos várias escolas de artes marciais à disposição para modificar os vários parâmetros de agilidade, força, saúde e fúria, escolhendo uma das quatro competências que nos podem dar alguns poderes particulares, desde o poder do sapo, que nos permite para obter um salto duplo, para a escola da fênix, capaz de nos dar uma vida extra As habilidades podem ser aumentadas em número à medida que coletamos créditos de inimigos derrotados ou respeitando alguns parâmetros predefinidos.

Existe também a possibilidade, mesmo esta recuperação do glorioso jogo de luta dos anos 90, de podermos jogar a dois, limitada, porém, apenas à cooperação local, carecendo de facto de qualquer suporte online. Uma carência bastante pesada e bastante injustificada num ambiente de videojogo, o actual, agora caracterizado por uma forte presença dos vários modos online.


Os controles ligeiramente amadeirados são limitados a alguns botões para atacar, esquivar (ou aparar, no caso de Tsurumari) e lançar ataques especiais. O cumprimento de certos requisitos de estilo preencherá uma barra especial que nos permitirá realizar combos curtos e letais, enquanto no modo cooperativo teremos a possibilidade de realizar uma espécie de poderoso ataque combinado. Porém, não existe um tutorial inicial capaz de explicar o sistema de controle, o que nos obriga a pausar frequentemente o jogo para poder ler a lista de jogadas disponíveis diretamente nas opções.


Ao final de cada cenário, após derrotar o chefe de plantão, teremos a oportunidade de escolher se vamos ficar do lado dos rebeldes ou enfrentá-los e, no caso de escolhas diferentes no modo cooperativo, teremos que enfrentar um PvP contra nosso parceiro. Essas escolhas não são marginais, mas modificarão a história principal até que você chegue a um dos oito finais disponíveis. Um mecanismo que, junto com as várias combinações de habilidades e escolas de artes marciais, adiciona uma certa repetibilidade ao título.

Apesar de uma aparente complexidade inicial, o título de Wako Factory logo expira em certa repetição, ocasionado por diferenças mínimas no estilo de luta dos vários personagens, inclusive dos inimigos que, exceto alguns que usam armas de fogo, seguem padrões de ataque mais ou menos idênticos durante a aventura. Logo perceberemos que, para continuar, bastará nos movermos até que os oponentes estejam reunidos em uma pequena área, para então bombardeá-los com granadas ou enfrentá-los calmamente em uma linha a um.

Por último, existe também a possibilidade de guardar em slots dedicados: o título guarda a intervalos regulares, ou quando sai do jogo, mas a posição de guardar continua a ser uma, obrigando-nos a substituí-la no caso de querermos simplesmente mudar de personagem ou introduzir um segundo jogador.


Anos 90 em sombreamento celular

O setor técnico do Samurai Riot faz amplo uso do cell shading, técnica que, diante de uma relativa facilidade de implementação, permite obter resultados sempre agradáveis. Artisticamente, o título de Wako Factory continua válido, com fundos bem desenhados (ainda que inexplicavelmente estáticos) e personagens que recriam um ar de história em quadrinhos animada. Mas tudo é sobrecarregado por animações muitas vezes escassas, tanto no jogo quanto nas cenas de interlúdio.


Do ponto de vista do som, encontramos música japonesa bastante tradicional, com algumas variações mais modernas, e efeitos sonoros bastante precisos, mas não muito variados e cujo volume talvez seja muito alto em comparação com a trilha sonora (no entanto, é possível ajustar o várias opções de áudio).

Apesar da boa vontade, que é especialmente perceptível na capacidade de customizar o personagem através de várias escolas e habilidades, a presença de oito finais e a possibilidade de se colocar no ainda atual groove do jogo de luta dos anos 90, o título de Wako Factory gira para ser uma oportunidade perdida e incapaz de competir não apenas com produções bastante recentes, como Chronicles Of Mystara, mas também com os vários Golden Axe e Street Of Rage que gostariam de ser inspirados. A falta, inexplicável hoje em dia, de qualquer modo cooperativo online, os controles razoavelmente amadeirados, a mecânica e animações limitadas e o incômodo sistema de salvamento finalmente fazem dele um título que, embora vá agradar aos fãs obstinados do gênero, não consegue convencer e deixa nós com um forte desejo de vestir qualquer outro beat'em up da velha escola.

► Samurai Riot é um jogo Beat 'em up-indie desenvolvido e publicado pela Wako Factory para o Steam, o videogame foi lançado em 13/08/2017

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