Steins; Gate Elite - Revisão

Steins; Gate Elite - Revisão

Revisão para Steins; Gate Elite. Jogo para Nintendo Switch, PC, PlayStation 4 e PlayStation Vita, o videogame foi lançado em 20/09/2018 A versão para PC saiu em 19/02/2019

"Sou eu. Fui contratado para escrever sobre Steins; Gate Elite. A Organização poderia me procurar após esta postura, para rastrear o brilhante cientista que quer trazer o caos para o mundo, mas isso… essa é a vontade de Steins; Gate “.


Em 2009, um romance visual chamado Steins; Gate chegou com o objetivo específico de revolucionar o gênero. Foi apenas o segundo título da série denominada Science Adventure, daquelas caracterizadas pelo ponto e vírgula e desenvolvidas pela 5PB, Nitroplus e Estúdio Chiyomaru, mas Steins; Gate estava destinado a ter mais sucesso que o anterior (Chaos; Head) e se tornar o progenitor de uma franquia tão ramificada que chega aos dias de hoje, uns bons dez anos depois.


Steins; Gate Elite é de fato o versão definitiva de um romance visual nascido, como o gênero quer, no Japão, para então chegar às páginas em preto e branco do mangá e obter um versão de 26 episódios em anime que foi ao ar em 2011 graças a White Fox, considerado um dos melhores animes deste século. Forma com a qual - talvez - Steins; Gate é mais conhecido e forma que se tornou a base para o novo projeto Chiyomaru Shikura: a versão Elite desta série de ficção científica retoma, de fato, as animações do cartoon japonês abandonando o visual novel clássico e estático para alcançar o que era o objetivo do distante 2009: revolucionar o gênero do romance visual e o que ele representa.


Recuperado em todo o mundo por Spike Chunsoft (Jump Force), Steins; Gate Elite fala de Rintaro Okabe, que sob a aura sinistra e irreverente do cientista louco Kyoma Hooin - como ele prefere ser chamado - esconde um estudante universitário sem um tostão que, no entanto, consegue alugar um andar do prédio do robusto Mister Braun, que tem uma loja de televisão de tubo de raios catódicos. No estúdio convertido em laboratório, completo com um jaleco oficial, Okabe planeja levar o mundo ao caos com seus experimentos malucos. Ajudando-o estão os membros do laboratório # 002 e # 003: o doce e ingênuo Mayuri Shiina, seu amigo de infância, e Itaru "Daru" Hashida, um pervertido com o precioso dom de ser um 'super hacka' que se revela ser o o braço direito ideal do autodenominado cientista louco.


Como o jogo é um romance visual, o enredo é mais do que fundamental: isso é tudo. Para quem está dando os primeiros passos no gênero, saiba que a interação está no mínimo. A jogabilidade é reduzida ao osso por uma trama canibal que prevê que sua história seja acompanhada com pouca interatividade. Portanto, é essencial mencionar a virada (sem dúvida intrigante) que Steins; Gate Elite dá durante os primeiros minutos do jogo.

Caçado (em sua mente) por uma organização obscura, Okabe tem grande interesse na teoria da viagem no tempo, logo após a palestra de um certo professor Nakabachi que acaba chamando fraude: para Okabe, Nakabachi é culpado de roubar sua teoria de John Titor, suposto membro da Resistência que viaja no tempo para alertar o mundo da ameaça SERN muitos anos antes (European Society for Nuclear Research), que secretamente conseguiu construir uma máquina ao longo do tempo e estabelecer uma distopia global em 2036. Nessa distopia não há guerras, não há internet, o conceito de viagens está completamente erradicado, assim como as escolhas individuais, murchadas sob a ilusão de uma falsa paz.


Titor escreveu no @channel, uma espécie de Reddit no mundo de Steins; Gate, até que ele desaparece misteriosamente, deixando um rico legado para os conspiradores - incluindo, é claro, Rintaro Okabe está na vanguarda.

No mesmo prédio, Okabe vai conhecer Kurisu Makise, uma garota genial da mesma idade com o qual uma estranha cumplicidade é criada apesar das divergências de idéias e caráter. Depois de um primeiro encontro fugaz, o segundo será muito mais chocante: o cientista louco verá Kurisu derramado em seu próprio sangue, morto. Chateado, seu primeiro pensamento após a fuga será enviar um e-mail, o principal sistema de comunicação, para seu amigo Daru e - sem saber - ele se tornará protagonista da primeira de uma longa série de viagens no tempo que caracteriza o trabalho.


Okabe chegará em uma linha do tempo em que Kurisu nunca morre, e que na verdade acaba se tornando membro do laboratório decrépito, com os mais variados títulos escolhidos por ela por Okabe. Como um "assistente", Kurisu será fundamental para descobrir que uma das invenções do laboratório, um microondas de telefone, esconde mais do que dá para ver. De fita dupla com um telefone celular, o microondas tem a função de enviar e-mails (e depois d-mails) no passado com o potencial de mudar o futuro.

Graças também à ajuda de John Titor, que voltou a esta linha de universo, Okabe e os outros conseguem hackear o site do SERN depois de procurar espasmodicamente pelo IBN 5100. Através deste computador com a capacidade secreta de ler os idiomas dos proprietários do SERN ( paródia do verdadeiro computador portátil IBM 5100), eles conseguem descobrir a terrível conspiração que levaria à distopia profetizada pelo viajante do tempo em vinte anos, agindo para explodir a primazia sobre a máquina do tempo para o laboratório de física de partículas para prever o futuro pseudo-utópico.


Estas, grosso modo, são as palavras iniciais de Steins; Gate. A versão Elite não altera o enredo, mas substitui os gráficos mais clássicos do romance visual pelas mesmas animações do anime. Essa operação forma o pivô da discussão em Steins; Gate Elite: é um trabalho apático ou o que todos os romances visuais deveriam aspirar? A resposta que queremos dar é: meio a meio.

Se é verdade que uma qualidade e profundidade desse tipo são estranhas ao gênero, também é verdade que a base do título são as animações que fizeram de Steins; Gate um produto de sucesso. Steins; Gate teve um boom graças ao potencial do material básico (videogame), mas acima de tudo graças à versão em anime, que o tornou um verdadeiro produto de massa e para o qual a versão Elite é grata a ponto de lhe dever quase tudo, a começar pelas animações que são totalmente captadas pelos caras da Raposa Branca. Quem já viu o anime, que em si é um produto mais acessível (está disponível no Netflix) e chegou com uma ótima dublagem, deve chegar no final de Steins; Gate Elite para ver algo novo e inédito. A história e os “gráficos”, se quisermos chamar assim, são os mesmos.


Aqui está o problema com Steins; Gate Elite: o anime existe. Deste ponto de vista, retomar as animações de 2011 e repropô-las no meio do videojogo, fazendo-se passar por uma versão definitiva - o que, no que diz respeito ao videojogo - poderia, portanto, constituir uma operação de mercado para revitalizar o estúdio de desenvolvimento e reabastecer os alto-falantes.

Deve-se dizer que Steins; Gate Elite oferece menos e mais do que sua contraparte animada, como o múltiplos finais que não encontraram espaço no cartoon japonês, e que por esta razão são corolados por novas animações encomendadas pela própria White Fox no videogame. Os diferentes finais estão presentes na versão original (2009), para a qual queremos partir uma lança pelos coloridos desenhos mangá que lhe deram uma identidade e uma característica que foi necessariamente sacrificada na Elite.

Os detalhes e insights presentes apenas na edição de videogame acabam sendo um complemento bem-vindo ao belo universo dos Steins; Gate mas não o suficiente para justificar o preço de venda. O preço recomendado do Elite é de facto 60 euros. Um investimento que o combina com o mais famoso triple A mas com o qual não pode competir por ter chegado anos atrasado. Para o quase toda a história, nos encontramos pressionando o botão X para avançar os diálogos. É um acordo tácito com o gênero visual novel pedir ao jogador que passividade não natural no videogame e levá-lo pela mão página após página como se fosse um romance na tela.

As únicas fases com um pouco de pimenta são as chamadas "phone trigger ”, um sistema que permite (às vezes) fazer Okabe responder aos e-mails recebidos a frases específicas sublinhadas em azul na mensagem como se fossem hiperlinks. O diferentes respostas alteram o curso da história ao longo do tempo até os possíveis finais alternativos mencionados acima. O fato é que a função "trigger de telefone" tem um script, o que significa que ela aparece quando o jogo decide. Você só precisa de um botão para jogar Steins; Gate Elite e nem mesmo isso, dada a existência do botão de tela "auto" que torna os diálogos automáticos. Basta desligar o controle e curtir o show, mas a essa altura é preferível assistir à versão anime, que custa um sexto a menos que o videogame com assinatura da Netflix.

O jogo permite que você economize a qualquer momento, saboreando e personalizando sua experiência com os compromissos do dia a dia. O que poderia ser portado para esta versão Elite era um dublagem alternativa à japonesa, o único presente no título. Sabemos que pedir dublagem (repetimos, excelente e caracterizante) seria como pedir a lua, mas seria de se esperar pelo menos o inglês, língua limitada apenas às legendas. Qualquer pessoa que não mastigue japonês ou inglês pode não gostar da história do Steins; Gate como ela merece.

Steins; Gate Elite oferece de fato belos momentos e reflexões intensas, desde os mais clássicos sobre a viagem no tempo - apoiados por explicações científicas - até reviravoltas e personagens que permanecem no coração graças à sua caracterização. Sem esquecer o carisma invejável de Rintaro Okabe, o verdadeiro galã do título, protagonista de dois dos dez contos que compõem um Conteúdo “exclusivo” para o PlayStation 4, a versão que analisamos, o Linear Bounded Phenogram, (originalmente lançado em 2013 para PlayStation 3, Xbox 360 e PlayStation Vita), que permite que você se apegue aos personagens e aprofunde suas histórias.

Revelamos apenas alguns dos personagens do título, na verdade, mas temos certeza de que você não esquecerá ninguém quando a palavra final - seja ela qual for - escurecerá a tela como a última página de um romance.

Se nada mais, também graças ao dicionário de termos científicos usado em Steins; Gate Elite formando um compêndio interessante sobre o mundo construído por 5PB para entender o vocabulário computacional, científico e cultural (como títulos japoneses, SERN e todas as invenções do Future Gadget Laboratory) Steins; Gate é eclodido, após uma viagem dez anos, tão completo, mas talvez menos preciso do que poderia ter sido.

Steins; Gate Elite é um jogo que pode dividir o público dos videojogos: por um lado temos uma das mais belas histórias de ficção científica dos últimos anos, por outro uma cópia e colagem parcial da sua versão anterior em anime. Steins; Gate foi revivido em vários molhos, desta vez em uma versão designada como uma solução pela mãe que o gerou, certamente a um preço mais alto do que deveria. Um anime em que ditamos os ritmos, devido ao seu carácter visual novel, apresenta uma inércia não adequada a todos os paladares. Virgens com experiência animada, a versão Elite se encaixa no gênero como sua joia mais preciosa, talvez, mas ciente disso ... Rintaro Okabe também pode tomar caminhos diferentes no cruzamento das linhas do tempo, mas a sombra da versão anime se destaca em de uma forma quase dominante sobre ele e o título que representa. E não há diferenças que se sustentem. Esta é a escolha de Steins; Gate.

► Steins; Gate Elite é um jogo do tipo Adventure desenvolvido e publicado pela 5PB para Nintendo Switch, PC, PlayStation 4 e PlayStation Vita, o videogame foi lançado em 20/09/2018 A versão para PC saiu em 19/02/2019

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